Os medicamentos psiquiátricos são fortes?
Os medicamentos psiquiátricos são fortes?

Este conceito de forte ou fraco é um conceito leigo, não existem medicamentos classificados como fortes ou fracos em farmacologia. Existem medicamentos que são mais bem tolerados, tem poucos efeitos colaterais e outros cuja tolerabilidade é mais difícil. Está tolerância é individual e que o início em doses mais baixas (quando possível) pode atenuar este problema.

Todavia, existem tratamentos que são mais indicados para cada caso. De nada adianta utilizar medicamentos em doses baixas (sub-terapêuticas) ou escolher um medicamento por ser mais bem tolerado em detrimento daquele que seria o mais indicado.

Um paciente diabético, por exemplo, que tenha indicação de usar insulina, de nada adianta ser tratado com hipoglicemiantes orais se este não for o tratamento mais adequado. Ele corre o risco de complicações da diabetes se não fizer uso da insulina, por mais difícil que seja sua adaptação se comparada aos hipoglicemiantes.

Na psiquiatria a situação é análoga. Uma pessoa deprimida ou ansiosa, se não tratada com precisão, também apresentará complicações, perdas funcionais e piora de sua doença. E em psiquiatria, como em toda medicina, o tratamento correto logo no início é de fundamental importância para o prognóstico e para a recuperação.

Quadros ansiosos podem se complicar com fobias, quadros depressivos com suicídio, psicoses com o distanciamento progressivo da realidade e todos eles com a perda da autonomia (trabalho, estudo, relacionamentos) e da qualidade de vida, se não forem tratados com o devido rigor.

Neste contexto, a escolha de um medicamento eficaz logo no início e o acompanhamento da resposta do paciente nas primeiras semanas de tratamento é de crucial importância, sendo o momento em que a ação do psiquiatra pode fazer a maior diferença.

Na psiquiatria é comum o paciente buscar um Especialista com sua Sugestão Diagnóstica pronta e com o tratamento que deseja seguir: “Doutor, estou com depressão e quero um antidepressivo!”. A mídia, a leitura de artigos nas revistas e na internet podem influenciar tanto a ponto pré-formar uma convicção a respeito de sua doença antes mesmo de uma avaliação Especializada. Na maioria das vezes ele encontra respaldo de outras especialidades médicas, que reforçam este entendimento.

O Especialista Psiquiatra muitas vezes precisa desconstruir este preconceito para convencer o paciente de que o melhor seria utilizar outro medicamento que não aquele que chegou pensando em usar. Esta resistência inicial pode ser um obstáculo que mais adiante impacte negativamente em sua recuperação.

Um outro aspecto é que se criou a cultura de que remédios psiquiátricos curam qualquer coisa. Isto é um mito perigoso. Hoje em dia chorar muito no consultório do médico (principalmente nas outras especialidades) é suficiente para sair com uma receita de um antidepressivo. O que os pacientes podem desconhecer é que medicamentos psiquiátricos mal indicados podem ser iatrogênicos, podem modificar o humor, o comportamento e a estruturação da personalidade e trazer dificuldades adicionais para a vida. Já se a medicação for bem indicada, ocorre justamente o contrário. Mais um argumento a favor do tratamento de transtornos mentais com o Especialista Psiquiatra que reúne as melhores condições de formação e experiência para isso.

A medicação é realmente muito importante, e pode ser um meio do paciente melhorar dos sintomas a ponto de modificar seus hábitos, posturas, atitudes, relacionamentos, projetos perante a sua vida, melhorando-a gradativamente e por vezes até não necessitar mais daquela medicação naquele planejamento terapêutico.

Tomar o medicamento e esperar que a solução para todos as questões caia do céu é utópico, até porque os medicamentos não resolvem as questões e ao contrário muitas vezes tais questões e problemas levaram o paciente a adoecer e precisa, com apoio, ser resolvido, o medicamento pode ser um desses pontos de apoio quando bem indicado e bem utilizado.

Equipe GyMBrain

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